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Depois da crise energética dos anos 70, e do
protocolo de Kyoto (1997), encontramo-nos num momento onde a sustentabilidade é um tema de discussão em todas as comunidades científicas do mundo. A indústria da construção civil não foge à regra. As preocupações ecológicas e sustentáveis têm vindo a ser tema de Seminários e Congressos organizados por um leque de entidades públicas e privadas...
Segundo, o Presidente dos Estados Unidos, Jorge Bush, este fez um sombrio comunicado aos seus compatriotas na quinta-feira passada (01/06/06) «Estamos enfrentando a pior crise de energia desde os embargos dos anos 70» .
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No sentido de fazer cumprir o protocolo de Kyoto e suas metas de redução de emissão de gases poluentes por parte dos países industrializados, a maior parte dos 141 países que assinaram em 1997 o protocolo, levaram-nos a investigar e investir em sistemas de energias renováveis não poluentes, e em sistemas sustentáveis tanto a nível económico como ecológico.
Uma das metas estabelecidas no protocolo supracitado é que entre o ano de 2008 e 2012, os países desenvolvidos reduzam em 5% as suas emissões de gases causadores do efeito estufa. Em relação ao nível de emissões de 1990, os cientistas afirmam peremptoriamente que só com uma redução de 60% nas emissões de gases é que poderiam evitar alterações climáticas.
IPCC -
Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática, criado em 1988 está encarregue de transmitir informações cientificas às nações envolvidas. Esta instituição prevê ondas de calor, inundações e secas, caso haja aumento entre 1 e 3,5 graus centígrados da temperatura global média da superfície terrestre até 2100. Ora estes valores são no mínimo preocupantes relativamente ao futuro e equilíbrio planetário.
Cientistas que estudam o clima dizem que as metas instituídas em Kyoto apenas tocam a superfície do problema, não resolvendo de todo as questões ambientais do planeta. Perante tais factos, os termos finais de Kyoto receberam, portanto, várias críticas, havendo alguns cientistas a dizer que o protocolo terá pouco impacto no clima e é praticamente inútil sem o apoio Americano. No entanto, outros pensam que é importante definir metas para que, aos poucos, se possa fazer um pouco mais. Os países que assinaram o protocolo, e que estão obrigados a reduzir a emissão de gás carbónico são: Alemanha, Austrália, Áustria, Bielorussa, Bélgica, Bulgária, Canadá, Dinamarca, Espanha, Estados Unidos, Estónia, Federação Russa, Finlândia, França, Grécia, Hungria, Irlanda, Islândia, Itália, Japão, Letónia, Lituânia, Luxemburgo, Noruega, Nova Zelândia, Países Baixos, Polónia, Portugal, Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte, República Checa, Roménia, Suécia, Suíça, Turquia e Ucrânia.
Sendo Portugal um dos países obrigados a cumprir as metas instituídas pelo protocolo de Kyoto, parece-nos relevante
trabalhar sobre alternativas às problemáticas da sustentabilidade dos edifícios tais como:
a eficiência energética através de bons isolamentos e ganhos solares passivos; a climatização através de energias renováveis; materiais de construção sustentáveis (revestimentos ou estruturais); ventilações naturais; aproveitamento da água das chuvas; a reciclagem de águas residuais domésticas através de Etap (Estação de Tratamento de águas através de Plantas); Geo Piscinas ou piscinas com tratamento de água através de plantas; produção de energia eléctrica para posterior venda à rede publica; Harmonização de espaços através da Geobiologia; Permacultura. Tendo em conta que a partir do mês de Junho do corrente ano, entrou em vigor o Decreto-lei já publicado em Diário da Republica, do novo regulamento térmico dos Edifícios, já considerado um dos mais rigorosos da União Europeia, estaremos todos nós a caminhar para a tomada de consciência da problemática do consumo energético e da sustentabilidade.
[1] www.edugaliza.org/im/1125519675.jpg[2] www.escolavesper.com.br